domingo, 12 de setembro de 2010

Brasil de Aparência e Pouca Essência?

País emergente, populoso, detentor de um dos monumentos eleitos Maravilhas do Mundo Moderno, sede da Copa FIFA de 2014 e das Jogos Olímpicos de Verão de 2016. Ótima reputação, não é verdade? Entretanto, nem tudo são flores e, apesar de toda essa ascendência brasileira no quesitos socioeconômico, político e diplomático, o Brasil, como todo e qualquer país, possui seus problemas, e um dos seus maiores é a violência.

Ano de eleições e, pois, de promessas e mais promessas. Eleitores buscam mais segurança, que buscam compromentimento, que buscam honestidade, que buscam... É uma verdadeira cadeia de buscas ad infinitum. Entendemos que, uma vez que o cidadão não possui estruturas financeira, psicológica e educacional para o fomento da cidadania, a palavra violência não deixará de existir de modo geral. O Brasil possui favelas gigantescas e muitos problemas de conflitos entre as polícias e os bandidos, o que deixa a população amedrontada.

Governo vai, governo vem e a sucessão governamental é incapaz de estancar a violência. A aparência brasileira sustentada no exterior não é a mesma visão visão internamente. A administração pública precisa tomar atitudes imediatas de combate direto à violência, o que é possível com a escolarização básica, do trabalho digno e da remuneração justa. Não adianta matar, implementar pena de morte, que, aliás, seriam um retrocesso aos padrões civilizados, ainda mais quando da existência de um panorama paradoxal que permite, sim, que muitos inocentes morram. Em verdade, é como diria Gandhi, "um olho por um olho e acabará por deixar toda a Humanidade cega". Logo, a melhor solução para que o jogo de aperência finde e dê-se início à realização das visões equânimes acerca do Brasil, deve-se humanizar o cidadão.
Por Raíssa Scarlet Fernandes.

sábado, 11 de setembro de 2010

Craque em Sujeitar

Há cem anos, o capital inglês cotentava-se com a massiva produção de ópio de papoulas para os consumidores chineses, até a eclosão da Revolta dos Boxers. Há cinquenta anos, a indústria de cigarros crescia a largas taxas, até encontrar em seus ídolos, como Marylin Monroe, a ilícita ascensão da cocaína e da maconha. Os tempos passaram, e agora, no século XXI, as autoridades se deparam com um probelma bem maior que os já citados: o aumento do consumo do crack, substância de poder alucinógeno bem maior e cuja dependência pode levar à morte em até seis meses.

O crack leva a uma rápida dependência por ser uma amina e, pois, prescursor de neurotransmissores como a  serotonina, a dopamina e a noradrenalina, que geram o bem-estar. Concomitante a isso, o crack inibe a atuação de nervos sensorias promotores dos citos de saciedade, provocando emagrecimento progressivo e maus-tratos corporais, entre outros, sem a necessária perpepção do usuário. Logo, caso não sofra intervenção, em muito pouco espaço de tempo o usuário estará em um estado deplorável, sujeito a doenças oportunistas e ao respeito da sociedade.

Conclui-se, portanto, que é necessária uma atuação mais consistente e repressiva para as ações de instituições estatais e particulares de combate ao crack e/ou tratamento de dependentes químicos do crack tronem-se mais eficazes. Para tanto, alternativas políticas, sociais e militares devem ascender, em detrimento da possibilidade de descriminalização do crack. E quão mais rápido for esse processo, menos vítimas do crack o Brasil terá.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Violência Transgênica

As relações sociais parecem evoluir à medida que são cercadas por novas tecnologias. No século XIX, quando do estágio primitivo do equipário possibilitado pelas Primeira e Segunda Revoluções Industriais, as relações sociais eram rigidamente pautadas pelo autoritarismo patriarcal e a submissão feminina – situação que fomentava a persistência da violência contra a mulher. Já no século XX, quando da ascensão de um logiciário progressivamente melhor desenvolvido, as relações sociais passaram a ser baseadas na meritocracia trazida por avanços nos conhecimentos humano e científico. E agora, no século XXI, quando da popularização das mídias sociais em meios virtuais, as relações sociais passaram a se fundamentar em caracteres que vão desde a exposição excessiva em busca de mais e mais amigos de rede – sem que estes representem, necessariamente, uma amizade real – à criatividade para captação de atenção, cenário esse que possibilitou o surgimento da mais recente categoria de via contra o pudor: a violência cibernética, comumente designada cyber-bullying.


A primazia dos meios comunicativos, possibilitada pela liberdade cedida a quaisquer tipos de imprensa e mídia – entre eles, a internet e suas mídias sociais –, requer um perfil comportamental por parte de seus usuários, que devem reconhecer os benefícios e malefícios possíveis através da utilização. Entretanto, é exatamente esse perfil comportamental que parece ser ignorado pela maioria dos usuários de internet, que, deliberadamente, expõem-se à grandeza dessa mídia e, pois, à vastidão de pessoas interessadas em um possível mau-uso de tais informações – o que engloba a ridicularização, deboche, montagem fotográfica indevida etc. Consequentemente, o vitimado vê-se encurralado e ameaçado psicologicamente e, pois, suscetível a enfermidades afins, como a depressão e transtorno bipolar – fato por si só agravante, pela natureza da situação –, caracterizando a violência cibernética como tão grave, senão a mais grave.

Conclui-se, portanto, que a evolução das tecnologias é acompanhada da evolução das relações sociais e também das formas de violência, que, no atual cenário, refere-se majoritariamente à violência cibernética. A forma de fixação da violência cibernética, no entanto, parece ter tido poucos similares na Humanidade, haja vista que seu foco agravante são aspectos psicológicos, o que exige, para sua erradicação, a existência de um perfil comportamental de usuário, baseado na maior privacidade e no menor envolvimento em mídias sociais. Para tanto, faz-se necessário o bom-senso, outrora em outras esferas, mas agora em internet.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O Mito do Anonimato na Internet


A ascensão das mídias digitais permitiu o surgimento de inúmeras redes sociais, blogues e plataformas de mensagens instantâneas que permitem a veiculação de enormes quantidades de informações a partir de requerimentos superficiais de identificação do usuário e de capacidade de processamento do microcomputador. É esse o caso do Orkut, Facebook, Twitter, Blogger e Windows Live Messenger, que ao exigirem apenas o correio eletrônico e nome e sobrenome do usuário dão margem a pensamentos acerca do anonimato possível na internet. Entretanto, a análise da situação comprova que o anonimato na internet é mais um mito urbano, haja vista o atual patamar das tecnologias cibernéticas, que permitem a identificação do usuário pelo IP e pelo rastreamento de seus cookies, históricos e redes wi-fi.


Como condição de existência e manutenção, todos os sítios possuem servidores de funcionamento integral que administram os acessos pelos usuários e a publicação de conteúdo pelos seus administradores. Quanto à administração dos acessos pelos usuários, os servidores memorizam o seu IP – Internet Protocol –, número fixo e único por computador, que permite a identificação rápida do usuário; e ainda o rastreamento, com a ação conjunta dos responsáveis pelos servidores, sistemas de emissão de nota fiscal eletrônica e polícias. Ademais, quando do rastreamento, é possível a obtenção e análise do histórico de acesso à internet, cookies – palavras ou expressões digitadas e registradas no navegador de internet – e ainda as redes wi-fi – redes sem-fio de acesso à internet que também possuem códigos únicos. A concreta inexistência do anonimato na internet pode ser contemplada frequentemente, através dos roubos de contas bancárias e usuárias, sustentados por habilidades de crackers no manejo informático; ou quando das implacáveis perseguições estatais que somam o conhecimento de hackers à eficiência de suas polícias investigativas no combate aos supercrackers, como visto no livro O Último Samurai.

Dessa forma, se outrora os cartões de admiradores secretos eram o suficiente para garantia de anonimato integral, atualmente quaisquer veiculadores de informação na internet têm perfis traçados a partir de seus registros em servidores ao longo de todo o mundo. A impossibilidade ou dificuldade de safar-se do IP, cookies, registros em redes wi-fi e aos crackers confirma a essência inanonimata da internet, embora seja comum a vinculação da internet como veículo informativo absolutamente livre e anonimato. E diante dessa impossibilidade de desmentira, faz-se necessário que o usuário apresente comportamento constante no que tange a sua subordinação às leis de seu país, o respeito às propriedades intelectual e física e, ainda, aos tratados internacionais vigentes ao sítio em questão.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sonata Eufórica

Todos os Santos, ouçam-me!

Os príncipes de Guadalajara,
As condessas de Tegucigalpa,
Os caçadores de Manila,
Os cossacos de Kamchatski,
Os kaisers de Hanôver,
Os combatentes da Calábria,
As valquírias de Reiquejavique,
As flecheiras de Luanda,
Os faraós de El-Aziz,
Imperadores de Xangai,
Os mestres de Nagoya,
Os cavaleiros de Durban,
Os excelsos de Copenhague,
Os prudentes de Adelaide,
Os vistosos de Zagreb,
Os justos de Québec,
Os celestiais da Galácia,
Os reis de Tessalônica,
Os fortes de Cafarnaum,
Os sábios de Betsaida,
Os sacerdotes de Laodiceia.

Ouço a voz do amanhã, chamando os convocados!
A hora é de lutar contra a ganância de Jerusalém!
Objetos de ouro serão erguidos, os astecas já se prepararam!
Nosso inimigo já vem, corram e vejam: aqui está ele.

Tendo todos visado o além, um campo se mostrou a eles.
O local de calmaria, recheado de vida, pai dos elísios.
Pássaros cantam livres, sem entender seu voar.
Cenário de pura tranquilidade.

Os príncipes e kaisers se impressionaram. Os faraós estão como os montes de Sião.
Nada se via com olhos melancólicos.
A verdadeira euforia tomou-lhes os corações,
Ao encontrar o lugar de seus mais inimagináveis sonhos de grandeza.

Finalmente era encontrada a bela sonata do infinito.
As paixões e vaidades eram nulas, o interesse maior
Consumia-lhes os corpos como a noite infindável de orgasmos num êxtase insaciável de prazer.
Lágrimas compunham a sinfonia de alegria.
Um não houve sem a impressão de cavalgar o Éden
Acompanhado de Serafins e cantores de vozes no apogeu da diferença entre o real e o transcendental.

Em meio há seus sonhos de Valíala, os escolhidos percebem seu colosso desabar.
A paz e a tranquilidade tornam-se a escuridão
Dos mais maléficos e negros sentimentos de um
Ser humano, esta capaz de fazer Hades tremer.

Todos entram em pane, num estado de choque.
Não compreendiam a razão de sua torpe existência.
Mal podiam crer em sua percepção sinestésica,
Calcadas num palácio de cristal, vindo a ruir com as
Densas trevas, pesadelos de crianças.

Entre prantos e crises emocionais, a voz ecoou:
– Por que chorais, nobres creadores?
Apenas colheis o que plantastes.
Esta treva que lhes propõe a impotência, apenas e resultado de vossos atos sem medida.

Olhastes o que lhes agradava. Os portões celestiais
Retratavam a gloria sacrossanta.
Teus olhos se encheram, contudo não fizestes nada.
Tinham poderes para, com a devida decisão, manter a angelical coroa em suas cabeças.
Como podem ser tão ingênuos: Oh escolhidos guerreiros!
Tua limitada visão e o que lhes abdica a posição de reis
Levantem-se! Honrem teus súditos, reinos, virgens, crianças, damas.
Mostrem tua força, sejam os verdadeiros governadores desta terra livre!
Por Alexander Amaya Castillo Caldas Motta.

Palmada Nunca Mais?

A educação está de forma inerente ao meio familiar sendo o homem fruto de seu próprio meio, mas até onde estamos aptos a educar nossos filhos? Até onde podemos interferir na liberdade de cada um deles?

São várias as controvérsias a respeito do assunto decorrente da nova lei proposta pelo Congresso Nacional, de um lado pais aprovam a diplomacia pacífica com as crianças afirmando que a violência não é o caminho. De certo, “violência gera violência”, sendo um meio inapropriado quando esta causa algum dano físico ou moral permanente. Não raros são os casos de crianças maltratadas em domicílio, sofrendo todo tipo de atrocidade que tornam as ações do poder público justificáveis, além dos futuros jovens que se tornam reflexo de uma infância marcada pela violência.

Por outro lado, outros dizem que algumas “palmadinhas” fazem parte do processo pedagógico de todo jovem sendo apenas uma forma de reafirmar a autoridade de decisão dos pais. A educação é o histórico de cada lar, é a identidade de cada um, sendo controverso o órgão público intervir de tal maneira no processo de formação do cidadão, ainda há a questão de não aprovação da maioria populacional – 54% dos pais dizem não concordar – tornando uma barreira para que a lei entre em vigor, além da dificuldade no processo de fiscalização da lei.

Não intervindo nos direitos de cidadania de sua prole, sendo rígida ou de maneira liberal, cada pai está apto em participar na construção da educação de seu filho, afinal, incontestavelmente, a educação começa dentro de cada lar.
Por Thaisa C. M. Martins.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Metamorfoses do Ser e Ter

Diante da sociedade multifacetária que na qual se constitui atualmente a brasileira, há enésimas formas de ser e ter - pode-se portar-se à qualquer maneira, pode-se vestir-se com o que quer que seja pretendido e, ainda, pode-se comprar o quanto possível que esteja sob vendagem. São essas escolhas que delineiam a personalidade do indivíduo e, como tal, uma série de caracterizações a serem atribuídas ao mesmo indivíduo como sua marca inerente. Entretanto, no imenso espaço amostral citado também há a possibilidade de somente parecer, isto é, ser e ter como marcas inerentes constantemente mutáveis, haja vista a sua suscetibilidade aos anseios externos quanto às suas personalidades - são estes os alienados, imensamente constituídos por jovens, exatemente por sua condição de jovens.

A juventude - fase intercalada por duas outras essencialmente opostas, que são a infância e a fase adulta - compreende uma fase transitóriana qual é recorrente o apelo a diversos meios como forma de obtenção da tão almejada marca inerente, sendo necessária, para tanto, a inconstância da adoção das intermináveis possibilidades de ser e ter. Dessa forma, o jovem busca e almeja várias possiblidades, mas acaba por expor-se aos anseios essencialmente alheios, que ou põe em xeque seus conceitos imaturos ou lhe imprimem a necessidade pela busca de algo que o faça mais notável que outros sob mesma possiblidade de ser e ter, relegando à segunda página a satisfação do seu ego - em verdade, um conselho familiar, uma propaganda ou mesmo uma imatura análise do panorama ao seu redor podem desencadear o processo no jovem. Como jovem e, pois, geralmente vulnerável, mas em busca de sua marca inerente, há uma aquisição de ser e ter alheio, que o faz parecer - a partir daí, está sob a condição de alienado.

Em síntese, em obediência à Lei do Caos, é comum a muitos jovens a constante busca do ser e ter, acarretando-os inconstância em sua marca inerente. Entretanto, quando da aquisição de caracteres alheios aos seus, o jovem passa a perecer, relegando-se à categoria dos alienados. Com o propósito de evitar tal situação, faz-se necessária a agudez do senso crítico, medida aparentemente simples mas muitas vezes ausente nos jovens.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

Sobre Flores e Pragas

Diante do recente cenário econômico recheado de pressões políticas para com os rumos da floresta amazônica, o governo federal acabou por agilizar o processo de aprovação de muitas medidas contra o desflorestamento, entre elas a de premiar moral e economicamente aqueles que para isso cooperem, através de empréstimos internacionais. Superficialmente analisada, tal medida denuncia apenas consequências positivas - realmente este parece ser o melhor caminho: confiar e, pois, entrelaçar os fazendeiros da região amazônica à sua conservação. Entretanto, uma análise mais profunda traz à tona, além daqueles positivos, uma série de consequência negativas - entre elas, o endividamento.

Os aspectos positivos decorrentes evidenciam a validade da medida, haja visto o fato de que as premiações moral e econômica do fazendeiro amazônico que coopere com a preservação daquele bioma o envolvem numa esfera de confiança mútua da qual não é tão simples safar-se; estimula, também, possíveis denúncias sobre desflorestamento na região - enfim, tranforma o fazendeiro amazônico num cidadão engajado, situação que passa a ser almejada como status.

Entretanto, à medida que os beneficiados veem suas cifras aumentar, há o arrombo dos cofres públicos, endossamento dos já citados créditos internacionais e, por fim, o endividamento do País; como se não bastasse tamanho prejudício, há mais outros decorrentes a longo prazo, como o aumento da carga tributária e da taxa de juros como forma de sanar tais empréstimos e, ainda, aumento em níveis inflacionários. Logo, consolida-se a dubiedade trazida pela medida, que trará mais resultados positivos que negativos somente se exercida com parcimônia.

Portanto, o apetite voraz do Poder Legislativo brasileiro para corresponder às pressões várias para com a floresta amazônica acabou por levá-lo à aprovação de uma série de medidas dúbias - entre elas, a premiação por combate ao desflorestamento. Ao passo que promovem uma série de bons resultados, também permitem a ascendência de uma série de negativos, que neutralizam aqueles. A solução - uma vez já aprovada - é a parcimônia.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Do Cosmo ao Caos

A corrupção dos valores morais na Idade Contemporânea parece conduzir a Humanidade a níveis de relação social tão primitivos quanto aqueles vinculados à Pré-História, haja vista a desconsideração dos princípios que regulamentam a ordem estabelecida nos princípios éticos e na boa educação. Essa nova situação moral, tão bem retratada na literatura mundial – como em Capitães da Areia, onde uma corja jovial de nome homônimo desconsidera quaisquer valores, embora como conseqüência daquela realidade desgastante – só o é por ser uma realidade progressivamente mais presente: filhos matando os pais por motivos banais – como o caso Suzane von Richthofen –, autoridades apoderando-se do erário em benefício próprio, assassinos mais e mais cruéis. Diante desse quadro, faz-se necessário, pois, a revisão da estruturação de nossos valores morais no intuito de desvendar os motivos de tanta desmoralização.

Conforme afirma o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau, o homem parece nascer puro e sua corrupção dá-se apenas na sociedade; a partir desse prisma, podemos compreender que a sociedade da Idade Contemporânea está seguindo seu curso natural, haja vista sempre haver os moralmente aceitáveis e inaceitáveis, mas cabendo àqueles uma maior parcela na população, o que neutralizaria as corrupções destes. Entretanto, nessa nova situação moral, os corruptos não somente estão mais presentes, como também mais corruptos, haja vista as crueldades tão vistas na imprensa livre – isso em decorrência das até agora deficitárias ações do Estado e da iniciativa privada, além do próprio famigerado seio familiar. Dessa forma, o equilíbrio social já estaria na iminência de desestabilização, sendo necessária determinada intervenção exatamente nos setores responsáveis, tanto em nível estatal – como o fornecimento de condições mínimas ao bem-estar de seus habitantes, além do cumprimento de seu código penal e sistema judiciário –, como em nível de livre iniciativa – como empresas empregadoras de mão-de-obra e organizações não-governamentais.

Em suma, a sociedade contemporânea, ao passo que se vê diante de tantos avanços nas mais importantes áreas, vê-se também desolada moralmente, haja vista a maior presença dos corruptos em sua composição. Os casos de manifestação dessa corrupção colocam a sociedade diante do temor – algo compreensível quando se nota a veiculação na imprensa de casos tão cruéis e desmoralizantes, além de banais. Entretanto, medidas simples são capazes de dissolver a desmoralização do sociedade contemporânea, como os devidos investimentos estatais em setores estratégicos – como educação e saúde – agregados à livre iniciativa – fornecedora de empregos e, pois, da possibilidade de ascensão socioeconômica tão pretendida.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

sábado, 10 de julho de 2010

Nossos Objetivos

Pela EDUCAÇÃO trabalhamos arduamente. Para proporcionarmos a APRENDIZAGEM, nos entregamos a horas de planejamentos em busca de ENSINAR com QUALIDADE.
Sempre corremos atrás de recursos e metodologias que quebrem com a monotonia das aulas da semana.Vivemos na função de estarmos informados, bem informados para "sacudir" a turma naqueles momentos de dispersão. Somos EDUCADORES!Somos apaixonados pelo que fazemos e, se não há PAIXÃO na alma, nas veias, no fôlego e na razão, não vale de nada carregarmos uma licenciatura.
Uma EDUCAÇÃO de verdade começa a partir de simples exemplos do cotidiano, de um bom livro lido, de um filme assistido, do modo como o outro trata o seu semelhante, de como um professor entra na sala de aula e como é recebido por seus alunos. EDUCAÇÃO é atitude! É aprender que temos direitos e deveres. É juntar vivências e ciências, números e letras.
Muitos utilizam o problema chamado EDUCAÇÃO para ser promover. Tolos!Somos todos tolos!Não há problema... EDUCAÇÃO é solução! E ela está aí, aqui e ali. Basta tratá-la com respeito e com o devido valor de quem busca nos estudos uma mudança de vida, uma melhoria para povos, para o planeta. Na EDUCAÇÃO não há entraves , mas sim SAÍDAS.
Queremos ESTUDAR? Então, busquemos recursos para tal. Queremos EMPREGO? Então, exijamos de nós mesmos mais aproximação com os livros, com as leituras, com as formações continuadas e com um nível de conhecimento cada vez mais apurado.
Seria um diferencial incrível, se todos vissem que a EDUCAÇÃO não depende somente do olhar atento de um governo que entra ou de um grupo de interessados que alega haver um jeito. Uma EDUCAÇÃO significativa e real depende da nossa vontade de reivindicar, de zelar por aquilo que as nossas escolas nos proporcionam, respeitar a imagem do professor e do aluno, de valorizar o empenho dos coordenadores, funcionários e dos diretores por estarem juntos na missão de elevar o ENSINO, o ESTUDO, a APRENDIZAGEM em nosso país.
Eu sou EDUCADORA, porque sei e sinto que pisar na sala de aula me RENOVA a cada dia!
Sou EDUCADORA, porque percebo que sirvo de EXEMPLO para muitos que convivem comigo!
Sou EDUCADORA, porque noto na RECEPTIVIDADE dos meus alunos que faço a coisa certa!
SOU EDUCADORA, PORQUE EU AMO ESTAR COM PESSOAS EM PURO CRESCIMENTO!
SOU EDUCADORA, porque assim APRENDO a me respeitar e a respeitar a todos!
Sou, por DOM e PAIXÃO, UMA SIMPLES EDUCADORA!
E para você, o que ser ALUNO(A); o que é o ESTUDO e a busca pelo CONHECIMENTO?
Por Professora Ana Virgínia Napoleão Calvet.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Nossa Educação

A Educação brasileira parece ter sido por muito tempo relegada à segunda página: há cinco séculos, quando do Brasil Colônia, a única via de acesso à educação eram os internatos jesuítas, que precariamente mesclavam as ciências à religião; há duzentos anos, a via mais preferível eram os mestres-de-reza, geralmente idosos que adicionavam ao aprendizado o temor da palmatória. Apenas na consolidação da Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas à Presidância da República, viu-se a criação do Ministério da Educação e Saúde; e somente em 2009, o Brasil passou pela universalização dos esnios fundametal e médio. Nota-se, pois, que nem sempre a Educação foi um direito a todos os brasileiros - e isso acaba por constituir a força motriz da busca por uma Educação que primeiro passe a se tornar direito de fato, pois já é legal, e, então, muito bem atenda aos anseios qualitativos e quantitativos.

A trajetória da Educação brasileira realmente confirma o seu relativo abandono, mas, melhor tarde do que nunca, o Brasil suscitou a sua importância, aliando a ela um consitente desenvolvimento econômico - como há já um século os EUA passava. Na verdade, somente agora o Brasil faz do direito à Educação - já previsto em sua Constituição de 1988 e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, esta de 1945 - um Objetivo do Milênio. Exatamente por isso, vê-se os nossos tropeços e avanços concomitantes: o Bolsa Escola estimula a escolaridade quantitativa, mas não qualitativa; há investimentos maciços na Educação, mas a massiva corrupção os limitam ao máximo de irredutibilidade; apesar de diversas conquistas em simpósios científicos internacionais, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica denuncia que somente em 2021 o Brasil alcançaram proficiência em sua Educação.

Enfim, como se vê somente há pouco o direito à Educação tornou-se um objetivo e, pois, obrigação do Estado em universalizá-la. Apesar dos tropeços, o Brasil vem progressivamente consolidando sua Educação, e em breve a tornará proficiente - com isso, todos os brasileiros serão, como já começam a ser, enormemente beneficiados -, embora esse processo possa ser mais ágil a partir da adoção de medidas promotoras de sua reestruturação administrativa, além de continuamente melhorado. James Russel Lowell já afirmava, enfim, que "educar a inteligência é dilatar os horizontes dos seus desejos e das suas necessidades".

Direito Essencial

Educar é transformar. É transformar qualquer pessoa em cidadã consciente de seus direitos e deveres. Seja pela cultura, seja pelas ciências, deter o conhecimento já se tornou imprescindível à vida em sociedade, já que nos torna aptos a compreeder e explicar o mundo em que vivemos. É a porta de entrada para este mundo.

Devido à sua imensa importância, a Educação já é direito assegurado por Lei ao cidadão nos quatros cantos do mundo. Como isso, vemos anualmente a divulgação de diversos índices sobre o desenvolvimento humano e qualidade de vida, sempre atrelados ao fator Educação. Percebe-se em muitos casos onde o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) se destaca que boa parte da população local tem, além de ensinos fundamental e médio completos, bons números de graduados em cursos superiores.

Já com relação ao nosso País, a realidade do bom ensino é bem diferente, ou seja, o direito a ele nem sempre vem sendo plenamente atendido.Pois, temos um sistema educacional público ainda deficiente com grande percentual de analfabetismo, com muitas crianças e adolescentes afastados da escola por conta da miséria e da necessidade de trabalho remunerado. É certo que o número de matriculados nas escolas da rede pública tem aumentado significativamente na última década, além dos incentivos a estudantes de baixa renda para frequentarem universidades, como o ProUni, mas isso não chega a cancelar os diversos obstáculos a serem derrubados para que a educação seja vista como prioridade.

É bom salientarmos que não só de educação contundista se faz uma cidadão consciente. Museus, teatros, cinemas e música são a educação do dia-a-dia. Um banho de cultura é um banho de aprendizado social, que aliado ao aprendizado científico, resulta no aprendizado para a vida, nosso maior objetivo.
Por Ana Carolina Sá Mascarenhas.

Dividir para Somar

Há setenta anos, os Estados centrais no cenário internacional mobilizavam-se na Segunda Guerra Mundial, após saber que as ambições socioeconômicas da recém-unificada Alemanha se transformaram em expansionismo retalialista e massacre de grupos minoritários - entre eles, seis milhões de judeus. Durante o Brasil Colônia, milhares de negros foram trazidos para cá sob a condição de trabalhadores escravizados, e além das mazelas dessa condição, tinham de conviver com o racismo. Como esses exemplos, infelizmente há muito mais, que elucidam a injustificável incovivência com a diversidade cultural. E isso acaba por contituir a força motriz da busca por uma sociedade que melhor conviva com essas diferenças.

O direito à vida, à educação, à saúde e a todos aqueles ratificados em 1945 na Declaração Universal dos Direitos Humanos, no ainda conturbado cenário pós-Segunda Grande Guerra, independe da religião, do modo de vestir-se, da afinidade social ou quaisquer outros aspectos culturais que não infrijam o direito de outrem - afinal, a semelhança primordial entre todos nós é a condição de sermos humanos. Para tanto, faz-se necessário a validação dos princípios sociológicos do Biestado, de Michel Foucout, que afirma ser necessária a atuação do Estado para que a sociedade saia desse caos da inconvivência cultural para, então, chegar ao estado de convivência de cultural mantê-lo - isso através de medidas conscientizadoras, criminalização das condutas que abalem esse estado, entre outros.

Em suma, saber conviver com as diferenças culturais é mais um objetivo almejado, e se torna imprescindível quando vemos que a sua realização promove o bem-estar social - como em Portugal, às Grandes Navegações - e sua inexistência, o ceifamento de muitas vidas inocentes - como os milhares de hutus e tutsis mortos em Ruanda no fim do século XXI.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Revoar Vitorioso

Quero pensar... Ouso instigar. Ao certo, não sei ao menos
o que procuro: glorificar minha existência ou tão somente saciar minha curiosidade.
Em minha pura ingenuidade, busco um anseio inerente aos homens: o desejo de vitória.

Em suas empreitadas épicas, os guerreiros antigos seguiam com
coragem e bravura, usando a força de um rei, visando um cenário
oposto ao trágico futuro esperado, sem cessar suas caminhadas,
na certeza de abater o inimigo, e reternar aos sons de trombetas
melodiosas unidas a badaladas dos sinos da vitória.

Minha realidade, mesmo sem as referências épicas, ainda busca
o som das trombetas. Sem espadas, utilizadas até se unirem à carne do guerreiro como um só,
ou escudos pesados que não deixam um ideologia morrer.
Mas, sim, a ferocidade de um plano terreno em que as badaladas podem ser
não mais do que o pranto de uns,
em detrimento da ganância de outros.

Reflito um instante. Será que busco algo que em verdade não me
é dado o direito celestial de conhecer?
Por acaso há resposta para visões tão diferentes,
separadas pelo tempo, mas vividas no mesmo lugar,
como a determinação do guerreiro antigo e a ganancia do homem contemporâneo?

Em meio a minhas divagações existencialistas, olho uma pomba voando.
Animal frágil e pequeno. Mas com uma liberdade tal da qual sou privado.
Voos alçados que em minha visão simples aparenta um simbolo de imponência,
próximo aos portoes do paraiso, passeando com os anjos, no fogo infindavel da vida.

Meus olhos agora se abriram. Minha cegueira reflexiva,
a qual não foi por mim percebida, se calou.
As portas da sabedoria e do infinito abriram uma brecha para mim.
Procurei no complexo o que estava no simples.
Compreendi que vitória e liberdade se complementam, e destas,
a primeira fora minha ocupação primordial.

Uma mensagem divina descobri hoje. Agradeço a Deus.
E tambem gostaria de reencontrar minha pomba, para cumprimentá-la,
do mesmo jeito que desejo aos outros encontrar verdaderiamente
sua respectiva pomba
Por Alexander Amaya Castillo Costa Motta.

Ode à Mulher

Gerações passam, e o ciclo da vida nunca acaba.
Desafios e empecilhos instigam a humanidade com tremenda facilidade.
Mas há um ser que ilumina o caminho da vitoria junto a nós.
A maior bencao divina que pode-se esperar nessa vida.

Ante sua importância, este sereno poema torna-se  um mero versículo,
que em vão sintetiza as infinitas qualidades desta benção.
Ao se fazer necessária, não hesita nem por um infimo instante:
Ela vai ao seu dever, com coragem e imponência.

Num mundo dominado por míseros homens, que em maioria não mais
do que pateticamente procuram preencher seu vazio existencial.
Eis que surge tão formoso ser que ilumina esta (por vezes tenebrosa)
situação, como brilha o fulgor do firmamento.

Se um filho esta em prantos, um amigo em desespero, um marido
no mais abaldo estado de espírito,
Com uma calma que transecende a razão humana e doces palavras
harmoniosas, ela conforta, consola e anima.

Se me fosse dado um espaco imensurável de papel, ainda assim seria
uma gota em um oceano de características e qualidades deste digno ser.
Por isso findo meu texto, até mesmo com um grande pesar,
com esta simples e grandiosa frase: obrigado, mulher!
Por Alexander Amaya Castillo Costa Motta.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Progressão Problemática

Entre os primórdios e a atualidade de sua linha histórica, o Brasil sempre tendeu à concentração de terras. Das sesmarias que estimularam a colonização do interior do Brasil às políticas de cercamento, os latifundiários foram os grandes beneficiados, em detrimento dos pequenos pecuaristas e minifundiários. E foi como consequência disso que organizações como o Movimento dos Sem-Terra, o MST, ganharam espaço.

No contexto do século XXI, os problemas desencadeados pela excessiva concentração de terras são bem mais abrangentes: os sem-terras se tornam incapazes de geração imediata de renda, passam à margem social e, por serem muitas vezes negados, tornam-se mais e mais agressivos em busca de reconhecimento; de certa forma, também cooperam para disfunções econômicas, tanto pelos sazonais vandalismos, quanto pela impossibilidade de produção. Isto é, embora tenham relativa razão em sua ideologia, algumas vezes exedem-se ou mesmo são excedidos. E é exatamente por isso que discussões sobre medidas que promovam o bem-estar desse movimento vêm ganhando espaço, como a reforma agrária e a desapropição de terras improdutivas mediante pagamento de indenização pelo Estado, mas estes insistem na morbidade típica das discussões - o que denuncia uma amplitude bem maior que a problemática concentração de terras, alcançando também disfunções sociais.

Enfim, o quadro agropecuário atual brasileiro reflete o percurso histórico ao qual o Brasil esteve submetido, como a excessiva concentração de terras. Em decorrência disso, movimentos origanizdos contestadores emergem, reivindicando melhorias nas distribuição de terras, como é o caso do MST. Entretanto, a construção de um quadro mais coerente só se tornará possível quando da maior coerência do tripé sem-terra-Estado-elite acerca de cessões e efetividades.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

Avante, Brasil!

As rivalidades social, econômica e política do Brasil eram geralmente motivo de lamento e de tristeza. Por muito tempo, o Brasil foi conhecido um País estagnado, dependente e um promissor ilusório. A dívida externa acumulada de anos só aumentavam a inflação e diminuiam o crédito em nós. Entretanto, nos últimos anos, as novas gerações, cansadas do comodismo, vêm trazendo profundas mudanças neste quadro. Como isso tem acontecido?

Desde a sua colonização, nosso País fora marcado para ser dependente. E ninguém ousou questionar isso, de modo que viveríamos nos espelhando nos países desenvolvidos, copiando-os e servindo aos seus interesses.  No entanto, nós, brasileiros, percebemos esse erro agora deixamos de ser o País do futuro para sermos o País do presente. Redespertamos o sentimento de nacionalidadee começamos a crescer economicamente de uma forma jamais vista. Fomos um dos primeiros países a saírem da crise econômica mundial de 2009 e já garantimos a realização dos Jogos Olímpicos de Verão e a Copa do Mundo da FIFA em território nacional. Sem falar na nossa imensa riqueza ambiental que bem convive com o nosso desenvolvimento, honrando-nos como pioneiros em sustentabilidade.

Há fatores que não são motivos de orgulho nenhum e que precisamos reverter o mais rápido possível caso queiramos continuar crescendo. É impossível para uma futura potência negar a sua precária educação pública, as desigualdades e o mal uso de verbas públicas - todos esse e alguns mais se troanm grilhões para o nosso desenvolvimento.

Tendo isso em mente, é importante que lidemos com as nossas falhas para fazermos pleno uso do desenvolvimento. Que haja, pois, melhorias no sistema público de ensino, fiscalização e transparência quanto ao uso do dinheiro público e descentralização econômica para além dos grandes centros urbanos. Assim, teremos um País não perfeito, mas que nos orgulhe bem mais coerente e profundamente que a Seleção Brasileira de Futebol em tempos de jogos.
Por Débora Alice Silva Fernandes.

A Película da Indiferença


A problemática em torno dos meninos de rua vai mais além do âmbito social. Influencia também a política e põe à prova a mais antiga das instituições humanas: a família. E o descaso da sociedade faz com que não nos importemos e só notemos quando, vez por outra, são publicadas em jornais notícias sobre violência no trânsito ou o massacre deles. Por que nos tornamos tão insensíveis?

Quem nunca parou em um semáforo e sentiu-se incomodado com aqueles garotos que insistem em lavar o pára-brisas do carro e que, mesmo quando negamos, eles persistem? Aqueles que, mesmo antes de se aproximarem, já quando os avistamos de longe, logo levantamos o vidro, cuja película é tão escura que nos faz sentir melhor por não ter o rosto visto por eles. E assim continua essa indiferença.

O que leva alguém alguém deixar de ser conhecido como João, Paulo ou Antônio para ser taxado de menino de rua? Pois antes de sê-lo, ele fora filho, neto ou sobrinho de alguém. Mas, devido ao alcoolismo do pai, ao desemprego da mãe ou aos maus tratos da madrasta, estes se veêm obrigados a obter abrigo nas ruas. Portanto, por falta da própria sociedade, que tinha a obrigação de protegê-lo, esses meninos e meninas de rua se tornam marginalizados e, pois, grandes problemas a propiciar dores-de-cabeça terríveis à própria sociedade, que só a partir de então se recorda deles.

Concluindo, a inclusão social é a base para a formação de melhores cidadãos. Organizações Não-Governamentais e projetos como Criança Esperança estão aí para isso, para comprovar que pode dar certo. Através da educação e do esporte, estas crianças acharão melhores abrigos que as ruas e poderão fazer parte efetivamente da sociedade.
Por Débora Alice Silva Fernandes.

O Horror da Beleza

Há oitenta anos, a ideia de uma mulher de alta sociedade usar um corcelete que lhe reprimisse o tronco e maximizasse a cntura era chique. Há oitenta anos, a ideia de ingestão de vermes parasitas que possibilitassem a magreza era perfeitamente compreensível. Foram-se os métodos arcaicos, mas permanece a busca pela magreza - um ideal de beleza -, que agora vem com a força da indústria química: os inibidores de apetite.

Justamente por contar com o abuso de substâncias químicas inibidoras do apetite, como as amidas, é que o problema se torna mais grave, pois agora se utilizam princípios ativos de efeito endo-exógeno capazes de dissimular impulsos elétricos oriundos dos sernos sensoriais do apetite do tubo digestório. Consequentemente, emagrece-se, embora o usuário de inibidores de apetite esteja indiretamente causando uma avalanche de reações incovenientes no seu corpo, como deficiência na obtenção e distribuição de nutrientes, déficit no funcionamento dos órgãos e inflamações. Logo, o usuário estará predisposto a doenças psico-físicas, como anorexia, bulimia e doenças oportunistas, que o condenarão a um quadro regressivo, o que exigirá um lento processo de reintegração à sociedade; quando não, a morte.

Em suma, o uso abusivo de inibidores de apetite como forma de alcançar o idela de beleza proferido pela indústria da beleza, com sua magreza endossada, acaba levando seus usuários à dependência, com estados psico-físicos gradativamente piores. Conslui-se, pois, que é necessário o bom-senso na busca pela beleza, saber cultivar as diferenças entre os biótipos e, acima de tudo, valorizar-se. Isso porque estabelecer limites é fundamental para  fluidez de tudo.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O Que Queremos Ser

Há setenta anos, quando o Brasil passava por um surto industrial promovido pela Segunda Grande Guerra, o economista austríaco Stefan Zweig afirmou, em obra homônima, se tratar o Brasil do País do futuro. Há quarenta anos, quando, no regime militar, o milagre econômico elevou, a largas taxas, o nosso ritmo de desenvolvimento econômico, o pensamento ufanista de um Brasil como potência se popularizou. Agora, nota-se que a prodigiosa criança do cenário internacional nos anos quarenta, que já deveria ser um senhor heptagenário experiente, persiste na sua infantilidade e erros típicos da fase, induzindo todos os setores a caminhos mais e mais obscuros.

Indubitavelmente, o País que grande parte dos brasileiros gostaria de compor seria aquele economicamente estável e socialmente equânime, com inegável proeminência. Para tanto, são necessários investimentos em setores primordiais, como no combate a doenças de fácil proliferação, estímulo a todos os níveis educacionais, consolidação da indústria de base, melhoria da infra-estrutura e políticas fiscais coerentes; todos já foram instituídos em diversos momentos da trajetória brasileira, mas sucessivamente destituídos por governos irresponsáveis. Em conseqüência disso, o Brasil dispõe de um retardamento em sua ascensão no cenário internacional como potência multisegmentária, o que justifica a analogia à infantoloidia brasileira citada.

Conclui-se que o Brasil que queremos excede o superficial surto desenvolvimentista da economia que se vê hoje, visto que é também necessária a intervenção nos setores social, educacional, de saúde e tantos outros. A construção do Brasil pretendido depende da mobilização política para com as medidas e da mobilização popular para a continuidade dos governos responsáveis. Inevitável é sermos proeminentes, mas podemos acelerá-lo coerentemente.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

A Verdadeira Razão de Não Sermos

No contexto do século XXI, a cidadania é tanto meio de ascendência quanto de decadência: em países onde a mobilização popular desencadeia uma cidadania consistente, a exemplo da França, há permanentes conquistas da sociedade; em países onde a acomodação popular os define, a exemplo do Brasil, a sociedade é permanentemente conquistada: de políticos corruptos a algozes, há sempre espaço para eles. Dessa contradição, nasce o anseio pela construção de um Brasil mais mobilizado popularmente.

Ao longo de nossa história, constatamos diversos momentos de acomodação popular: na proclamação da República, a maioria da população que assistia ao desfile militar que inauguraria a República Velha sequer suspeitava que se tratava disso - pelo contrário, pensavam se tratar de mais uma parada promovida pelo Império; durante o regime popular, a mobilização popular era ínfima ao ponto de sitiar a pequena parcela da sociedade ávida por manifestações contra aquele cenário, por seu fim.

Atualmente, verifica-se tal conformidade quando da estaticidade da sociedade brasileira diante de escândalos políticos de repercussão internacional, bem como mazelas socioeconômicas: nem o mensalão nem as brutalidades promovidas pelo Estado são capazes de agitar. O conformismo generalizado que a acomodação popular gerou foi capaz de mergulhar o Brasil em sucessivos sequestros de medidas promotoras do bem-estar social, através de desvios de verbas públicas, do sucateamento do ensino público, da deterioração dos órgãos públicos e tantos outros, que o enraízam ainda mais. E continuamos mergulhados nesse conformismo, embora uma leva muito pequena tente revertê-la, como também já vimos em nossa linha histórica.

Em suma, apesar dos vaivéns dos níveis de mobilização popular, o Brasil persiste na lamentável situação de popularmente acomodado. Por diversos motivos, como ter um Estado provedor, educação pública precária e corrupção política, adentramos mais ainda nesse quadro. E só se reverterá quando a minoria mobilizada tornar-se maioria, para, enfim, pacata e lentamente dirigir o Brasil para uma situação melhor.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.


Uma Infância Desfigurada

Vítimas daqueles que deveriam servir como exemplo de moral e ética, crianças e adolescentes sofrem com os abusos de mentes doentias à procura de suas fantasias sexuais.

Não é surpresa, infelizmente, nos deparar com manchetes que dizem respeito à violência sexual sofrida por nossos jovens, porém, é de se espantar quando o assunto refere-se àqueles destinados a construir e preservar valores morais em nossas crianças, como, por exemplo, algumas das figuras do clero que se utilizam de uma imagem pura e confiável para ludibriar pais tão vitimados quanto a prole violentada.

Contudo, a inocência do jovem perante a figura que lhe traz segurança produz um sentimento de erotismo à mente pedofílica, além de que uma forma de estar mais próximo das crianças é participando do seu cotidiano e transpassando confiança aos pais, o que faz com que profissões relacionadas exijam inteira atenção e participação dos responsáveis.

A punição para a pedofilia está além de alguns anos na cadeia, é necessário que se tenha um maior cuidado com aqueles de quem esperamos um futuro promissor, pois seus valores estão sendo deturpados, criando um futuro de novos pedófilos.
Por Thaisa C. M. Martins.

domingo, 13 de junho de 2010

Livros

A importância da leitura na construção de uma sociedade mais consciente, dinâmica e coerente é tema da música Livros, de Caetano Veloso. Nela, percebe-se uma sutil crítica ao leviano empenho do Estado brasileiro quanto à educação pública. Veja:

Letras
©Caetano Veloso

Tropeçavas nos astros desastrada
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo.

Tropeçavas nos astros desastrada
Sem saber que a ventura e a desventura
Dessa estrada que vai do nada ao nada
São livros e o luar contra a cultura.

Os livros são objetos transcendentes
Mas podemos amá-los do amor táctil
Que votamos aos maços de cigarro
Domá-los, cultivá-los em aquários,
Em estantes, gaiolas, em fogueiras
Ou lançá-los pra fora das janelas
(Talvez isso nos livre de lançarmo-nos)
Ou ­ o que é muito pior ­ por odiarmo-los
Podemos simplesmente escrever um:

Encher de vãs palavras muitas páginas
E de mais confusão as prateleiras.
Tropeçavas nos astros desastrada
Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pelo Pudor


A maioria ainda não acredita mesmo, quão lúgubres são as circunstâncias. Fotos e vídeos em alta resolução contidos em unidades removíveis e discos em grande quantidade mostravam o que é impossível ser julgado coerente e coeso: crianças e adolescentes aliciados para o mundo do sexo, em posições e trajes libidinosos. É a violência sexual configurando-se cada vez mais como presente, haja vista os inúmeros casos já desvendados por órgãos competentes ou revelados pelas próprias vítimas.

A violência sexual sempre existiu, mas se pode afirmar que sua origem está na Grécia Antiga: fortalecidos pela sociedade patriarcal que constituíam, homens eram habilitados a comprar escravas cortesãs para expô-las a orgias sexuais, ao lado de suas esposas e filhas; além disso, a vida sexual dos filhos era iniciada junto aos seus pais. Passaram-se os anos e hoje a validade da violência sexual foi suplantada pela ascenção das ciências psicológicas e médico-psiquiátricas; a forma de manifestação da violência sexual também mudou: além da casa, pode estar à margem de rodovias ou mesmo em sítios especializados da grande rede. Agora, há a necessidade urgente de combate eficaz à violência sexual e, para tanto, é imprescindível a mobilização da sociedade, que deve estar vigilante a casos afins.

Enfim, a violência sexual não mais ascende na maioria das sociedades atuais por ter perdido seu fundamento cultural e agora ser considerada crime por tentar contra o pudor e acarretar consequências psico-físicas tanto para quem sofre como para quem pratica. Para a sua erradicação, é necessário o engajamento efetivo do Estado e da sociedade, através de uma vigilância que não permita mais a violência sexual passar desapercebida. E que o façamos, pois um dos melhores usufrutos de sociedades democráticas é o pudor - a integridade do cidadão, independente de idade.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Sinal Vermelho ao Verde-Amarelo

Em razão da abrupta chegada do desenvolvimento econômico e da relativa ineficácia das políticas tributárias, o Brasil tem estado a par de todas as desgraças oriundas da nítida desigualdade, de forma a relegar à segunda página vias alternativas para a melhoria desse quadro. Enquanto os outros países que compõem a Organização das Nações Unidas caminham entre medidas que promovem um eficaz bem-estar social, perseguindo os Objetivos do Milênio, o Brasil se comporta como se na contramão.

Num País como o Brasil, relativamente estável no que tange à economia e à política, é possível encontrar do oitavo homem mais rico do mundo à presença massiva de favelas. Num breve passeio pelas metrópoles nacionais, vê-se a intensa desigualdade, cuja transmutação é contínua e perceptível: num só bairro, há limusines e carroças; numa empresa, há os que recebem altos salários e aqueles que vivem abaixo da linha da pobreza. De maneira mais e mais exclusiva, costura-se um País prodigioso no cenário internacional, mas com profundas desavenças internas.

Não se pode, por conseguinte, desprezar a infeliz magnitude de microcosmos tão opostos - sobretudo por aspectos socioeconômicos -, ambivalência de um País que agrega uma favela e uma mansão contíguas. É importante que o desenvolvimento visto por muitos também seja usufruido para além das elites, retirando o Brasil da condição de País de muitos excluídos e transformando-o numa portência mais equalizada e dinâmica. E sua ascenção como tal dependerá da maior coerência das leis tributárias e da maior consciência das elites.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Às "testas" do Terceirão

Alguns seres humanos trazem nas entranhas um dom divino, certas habilidades ou aptidões. Mas todos nós, homens, mulheres, crianças, idosos, todos nós somos agraciados por ter a INTELIGÊNCIA de saber externar através dos gestos, da fala e da escrita os nossos sentimentos, as nossas emoções. O que não nos faltam são experiências múltiplas para serem dividas, para serem questionadas. Que bom! Que maravilha somos nós, seres pensantes!

Eu me sinto maravilhada, agraciada, eternamente grata e feliz por ter muitos alunos com dons, habilidades, aptidões e um grau de inteligência como vocês, Hugo, Alex, Marcos Felipe, Verônica, Débora ... - o Terceirão do CEICOC  2010 não seria o mesmo sem o brilho especial de cada personagem que compõe essa série.

Vocês, por um ano, me deram a chance de aprender mais e mais. Obrigada por fazerem parte da minha história e por eu fazer parte das suas.

Esse blog é mais uma bela iniciativa que surgiu de uma simples conversa no Laboratório de Redação. Estímulos há, orientações não faltam. O que estão esperando? Espero ler muitos, mas muitos textos saídos das "testas" brilhantes do 3º CEICOC.
Por Professora Ana Virgínia Napoleão Calvet.

Lirismo Ambiental

Paro por um instante, e surpreendo-me ao peitoril da janela;
Observando tudo ao meu derredor:
Percebo homens em suas jornadas diárias, construções faraônicas
Sendo erigidas, e a mais doce expressão deste mundo:
O sereno e inabalável meio ambiente.

Com seus raios fugazes e capazes de promover a cegueira,
O imponente Astro-Rei Sol fornece energia para manter a vida.
A água, por sua vez, em seu estado fundamental,
Em sua tranqüilidade que toca o mais insensível dos corações,
Atravessa distancias imensuráveis, praticamente entoando uma melodia de paz.

Ao reparar novamente, vejo uma leve garoa próxima a mim;
Esta é o prelúdio do que vira: Uma tempestade que no sossego
De minha residência, não iria me abater.
Tal fato simplesmente retrata lágrimas: A chuva nada mais é do que
O pranto vindo da gloria do firmamento, para expressar,
Unido ao ressoar divino de trovões, a fúria silenciosa da natureza
Contra a raça humana.

Ouço um pássaro cantar - é o anuncio da tranqüilidade.
Acompanho sua liberdade, invejando-o e compadecendo-me,
Pois queria alçar vôos como o da águia, que, em sua bravura e majestade,
Rasga a tempestade. Mas não concretizo minha fantasia, já que tal
Liberdade se restringe graças as ações daqueles que pertencem a minha espécie.

Saio do parapeito, e retorno ao divã: Minhas linhas se findaram,
É hora de finalizar o texto; mas como poderei?
É de algo tão lindo que escrevi. Palavras não me faltam;
Bom seria se todos parassem e o analisassem, como o fiz.
Encho-me de esperança que, no futuro, outros farão melhores descrições
Que as minhas, porque sei que nosso Meio Ambiente não morrera:
Será salvo por seus atuais transformadores: eu, você e todos.
Por Alexander Amaya Castillo Costa Motta.

terça-feira, 1 de junho de 2010

A Influência da Tevê


Há sessenta anos, a ideia de ter uma televisão em casa assustava boa parte dos brasileiros, tanto porque era cara quanto por sua programação ainda incipiente. Há sessenta anos, a tecnologia envolvida na confecção de tevês espantava quem as via. Os sustos passaram, a tevê se popularizou e agora a mídia televisiva se tornou um meio de unificação nacional, comportando-se tanto como divulgadora quanto como massificadora.

A sucessão de novelas, seriados, jornais e filmes que permeiam as grades de programação das emissoras de tevê é capaz de gradativamente sufocar as ricas diferenças para equalizar sua audiência, porque, assim, abastece tantos aos interesses mercadológicos por trás da programação quanto aos aspectos pessoais de quem assiste. A nova cultura de massa brasileira que o diga: as ricas diferenças acabam quando muitos passam a se vestir de acordo com sua personagem favorita - relógios coloridos, camisas extravagantes -, a falar como seus ídolos - trechos de música, gírias. E m consequência disso, as pessoas literalmente se anulam para seriamente absorver caracteres de outros, senão sê-los.

Em suma, a tevê se comporta como mídia massificadora de comportamentos, num estágio da evolução social na qual pode ser benéfica e maléfica concomitantemente. Aceitá-la como benéfica é possível quando a interpretamos como divulgadora das culturas que integram nossa sociedade; maléfica, quando as sucessivas tentativas de massificação cultural passam a ser ridículas diante do telespectador crítico. A escolha pertence a cada um.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

Retrocesso Histórico?


Já comprou suas câmeras de segurança? Já mandou instalar cerca elétrica no muro da sua casa? Já contratou vigias particulares para que fiquem à sua porta? Essas são providências imprescindíveis para quem quiser viver seguramente no País que a Organização das Nações Unidas classifica como um dos mais violentos, o Brasil.

A sucessão de milagres econômicos, planos monetários e metas inflacionárias que ocorreram no Brasil desde os seus primórdios só foram capazes de atenuar mais ainda as desigualdades entre as classes econômicas, visto que só serviram à demasiada ambiciosa e pequena elite econômica, que também dominou o cenário político de forma corrupta e individualista. E isso refletiu no setor social. Em consequência disso, os níveis de vandalismo ascenderam de forma vertiginosa, levando os setores mais estáveis do Brasil a uma relativa feudalização - que se mostra existente com o levantar de condomínios fechados e muralhas e o desenvolvimento de sofisticados sistemas de segurança - que os contêm. Em outras palavras, foram os setores mais estáveis da sociedade brasileira que se privaram da liberdade total, e não os vândalos.

Dessa forma, a sucessão presidencial deve ocorrer, mas com líderes políticos esclarecidos o suficiente para que um dos focos de sua administração seja suprimir as deficiências que geram mais vândalos. Investimentos maciços em educação, segurança e infra-estrutura são os mais quotados para que o atual quadro desmoralizante finde. E a participação da sociedade junto ao Estado também, a fim de que se harmonize a relação entre ambos, de modo que as ações de um sejam inspiradas nos anseios de outro.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.