sexta-feira, 9 de julho de 2010

Nossa Educação

A Educação brasileira parece ter sido por muito tempo relegada à segunda página: há cinco séculos, quando do Brasil Colônia, a única via de acesso à educação eram os internatos jesuítas, que precariamente mesclavam as ciências à religião; há duzentos anos, a via mais preferível eram os mestres-de-reza, geralmente idosos que adicionavam ao aprendizado o temor da palmatória. Apenas na consolidação da Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas à Presidância da República, viu-se a criação do Ministério da Educação e Saúde; e somente em 2009, o Brasil passou pela universalização dos esnios fundametal e médio. Nota-se, pois, que nem sempre a Educação foi um direito a todos os brasileiros - e isso acaba por constituir a força motriz da busca por uma Educação que primeiro passe a se tornar direito de fato, pois já é legal, e, então, muito bem atenda aos anseios qualitativos e quantitativos.

A trajetória da Educação brasileira realmente confirma o seu relativo abandono, mas, melhor tarde do que nunca, o Brasil suscitou a sua importância, aliando a ela um consitente desenvolvimento econômico - como há já um século os EUA passava. Na verdade, somente agora o Brasil faz do direito à Educação - já previsto em sua Constituição de 1988 e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, esta de 1945 - um Objetivo do Milênio. Exatamente por isso, vê-se os nossos tropeços e avanços concomitantes: o Bolsa Escola estimula a escolaridade quantitativa, mas não qualitativa; há investimentos maciços na Educação, mas a massiva corrupção os limitam ao máximo de irredutibilidade; apesar de diversas conquistas em simpósios científicos internacionais, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica denuncia que somente em 2021 o Brasil alcançaram proficiência em sua Educação.

Enfim, como se vê somente há pouco o direito à Educação tornou-se um objetivo e, pois, obrigação do Estado em universalizá-la. Apesar dos tropeços, o Brasil vem progressivamente consolidando sua Educação, e em breve a tornará proficiente - com isso, todos os brasileiros serão, como já começam a ser, enormemente beneficiados -, embora esse processo possa ser mais ágil a partir da adoção de medidas promotoras de sua reestruturação administrativa, além de continuamente melhorado. James Russel Lowell já afirmava, enfim, que "educar a inteligência é dilatar os horizontes dos seus desejos e das suas necessidades".

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