sábado, 5 de maio de 2012

RECONTO - Os animais e a tal da peste

Os animais e a tal da peste (Reconto, livro 2 – Reinações de Narizinho) O Leão, o rei todo poderoso, chamou os animais para uma reunião urgente, a fim de resolver o problema de uma terrível peste que estava acabando com o reino. Antes de resolver qualquer coisa, claro, eles tinham que consultar os sábios, os mais velhos, os mais experientes, e até os bobos da corte com as outras loucuras do reino. O primeiro a ser consultado foi o macaco de barbicha branca, sábio como ele só. - Qual é a sua opinião, barbicha branca, sobre essa peste que está acabando com o nosso reino? O macaco barbicha branca tossiu três vezes e disse: - Vossa majestade, saiba que essa peste é um castigo do céu. Fizemos alguma coisa para os deuses; foi isso. Agora vamos ter que fazer um sacrifício; algum de nós vai ter que colocar a cólera dos deuses ’’- disse o macaco. - Muito Bem - disse o leão. - Mas qual e o sacrifício? - O pior crime - disse o macaco. O Leão fechou os olhos e começou a pensar. Relembrou sua vida passada, suas injustiças, a crueldade quando ele matou tantas zebras, gazelas, veados e até homens. E pensou, pensou e resolveu se oferecer para o sacrifício dos deuses como o mais pesado dos crimes. Nenhum animal concordou com ele, de modo que ele fazia bonito sem correr nenhum risco. Assim começou aquela história em que os reis desejam ficar famosos. - Amigo - disse o leão com a cara constrangida Sem nenhuma dúvida, sou eu quem vai se sacrificar. Eu fiz mais crimes do que todo mundo; ninguém matou tantas zebras, tantos veados, tantos homens como eu. Devo ser escolhido como sacrifício. O que acham? Disse e correu para a corte, pensando quem seria tão metido de dizer sim. Todos estavam convencidos de que o leão era o maior criminoso o maior bandido. Mas nenhum animal tinha a ousadia de falar em voz alta. A raposa aprontou um discursinho logo bajulando o Leão. - Bobagens, Majestade! - disse ela. - Se há no mundo um lugar livre de crimes; certo que nosso bondoso Rei Leão matou veados, zebras e homens, mas... Ah, isso são crimes que merecem nobre piedade. Afinal, para que serve tais bichos? Um veado não significa nada; uma zebra não faz falta e imagine um homem? Isso que o senhor fez foi um favor. Para mim, o senhor é um santo, não um criminoso. Uma chuva de palmas surgiu como se estivesse chovendo chocolate. O Leão lambeu seu bigodinho e agradeceu à raposa pelo belíssimo discurso. Logo depois se levantou o tigre dizendo o mesmo que havia dito o leão. Falou que tinha feito mais crimes e se acusou de vários crimes. Por ultimo afirmou que queria ser sacrificado pelo castigo dos deuses, não outro animal. A raposa fez outro discurso ainda mais bajulador do que o primeiro, provando que o santo merecedor era o tigre. E essa cena se repetiu com todos os animais bombadões e com dentões afiados. Todos ficaram calminhos como santinhos. Por último, chegou a vez do burro. - Não sou culpado de nada - disse a criatura extremamente burra. - Sou vegetariano, portanto somente me alimento de vegetais. Nunca matei se quer um mosquito. Se ele ficar me picando só espanto com o espanador de cauda. Nunca furtei, nunca desejei nada nem mulher de ninguém, nem coices dou. Depois que o burro falou a raposa adiantou-se e falou como comandante geral. - Está aqui meu rei, o culpado - disse a raposa apontando para o burro. - É esse burro que os deuses do céu nos mandaram como peste. Ele tem que ser sacrificado. Ele confessou que não dar coices, porque tem os pés inchados. Mas, se ele não tivesse os pés inchados, andaria distribuindo coices como quem está distribuindo folhetos. Morra, morra seu burro coiceiro!!! – gritaram mil vozes. Vendo aquilo o Rei Leão também ficou indignado. - Miserável burro de carroça, seu pulguento - gritou o Rei Leão. - E por tua causa que o meu reino está se acabando! Condeno-te à morte! Vamos, tigre, mate esse burro! O tigre se viu a fazer a coisa que mais gostava: estraçalhar animais. Lambeu os beiços e preparou seus dentes, mas não adiantou. Uma enorme pedra caiu sobre o teto da caverna bem na cabeça – BUM! Grande zoada! Correria! Desmaio das damas! Fujamos enquanto há tempo! O leão já nos farejou - falou um dos animais medrosos. - O leão já nos farejou aqui e está lambendo os beiços. Nada mais adiantou. Com a correria que deu, com o impacto da pedra grande sobre o teto da caverna (ninguém jamais sobe com ela foi parar lá), todos os animais conseguiram fugir, menos o ex-rei Leão, que agora deve está fazendo companhia para o tigre na terra dos animais falecidos. Clara Luiza 6 ano.
Após algum tempo sem postar nenhum texto, eu - Professora Ana Virgínia - me vi com o compromisso de reativar o nosso blog.Afinal, o que é bom serve para ser compartilhado. E a nossa ideia de criar esse blog com o Terceirão 2010 foi uma iniciativa bastante estimualdora para que todos os participantes do nosso Laboratório de Redação escrevessem bons textos. E assim foi! Hoje, daremos chances para que outros alunos tão dedicados quanto os de autrora deixem registrados aqui, nesse espaço, os seus textos. Iremos começar com alguns recontos dos alunos do 6º ano - 2012 - a partir das obras de Monteiro Lobato. Espero que todos apreciem as produções dos meus pequenos autores. Um abraço a todos os nossos seguidores!

domingo, 12 de setembro de 2010

Brasil de Aparência e Pouca Essência?

País emergente, populoso, detentor de um dos monumentos eleitos Maravilhas do Mundo Moderno, sede da Copa FIFA de 2014 e das Jogos Olímpicos de Verão de 2016. Ótima reputação, não é verdade? Entretanto, nem tudo são flores e, apesar de toda essa ascendência brasileira no quesitos socioeconômico, político e diplomático, o Brasil, como todo e qualquer país, possui seus problemas, e um dos seus maiores é a violência.

Ano de eleições e, pois, de promessas e mais promessas. Eleitores buscam mais segurança, que buscam compromentimento, que buscam honestidade, que buscam... É uma verdadeira cadeia de buscas ad infinitum. Entendemos que, uma vez que o cidadão não possui estruturas financeira, psicológica e educacional para o fomento da cidadania, a palavra violência não deixará de existir de modo geral. O Brasil possui favelas gigantescas e muitos problemas de conflitos entre as polícias e os bandidos, o que deixa a população amedrontada.

Governo vai, governo vem e a sucessão governamental é incapaz de estancar a violência. A aparência brasileira sustentada no exterior não é a mesma visão visão internamente. A administração pública precisa tomar atitudes imediatas de combate direto à violência, o que é possível com a escolarização básica, do trabalho digno e da remuneração justa. Não adianta matar, implementar pena de morte, que, aliás, seriam um retrocesso aos padrões civilizados, ainda mais quando da existência de um panorama paradoxal que permite, sim, que muitos inocentes morram. Em verdade, é como diria Gandhi, "um olho por um olho e acabará por deixar toda a Humanidade cega". Logo, a melhor solução para que o jogo de aperência finde e dê-se início à realização das visões equânimes acerca do Brasil, deve-se humanizar o cidadão.
Por Raíssa Scarlet Fernandes.

sábado, 11 de setembro de 2010

Craque em Sujeitar

Há cem anos, o capital inglês cotentava-se com a massiva produção de ópio de papoulas para os consumidores chineses, até a eclosão da Revolta dos Boxers. Há cinquenta anos, a indústria de cigarros crescia a largas taxas, até encontrar em seus ídolos, como Marylin Monroe, a ilícita ascensão da cocaína e da maconha. Os tempos passaram, e agora, no século XXI, as autoridades se deparam com um probelma bem maior que os já citados: o aumento do consumo do crack, substância de poder alucinógeno bem maior e cuja dependência pode levar à morte em até seis meses.

O crack leva a uma rápida dependência por ser uma amina e, pois, prescursor de neurotransmissores como a  serotonina, a dopamina e a noradrenalina, que geram o bem-estar. Concomitante a isso, o crack inibe a atuação de nervos sensorias promotores dos citos de saciedade, provocando emagrecimento progressivo e maus-tratos corporais, entre outros, sem a necessária perpepção do usuário. Logo, caso não sofra intervenção, em muito pouco espaço de tempo o usuário estará em um estado deplorável, sujeito a doenças oportunistas e ao respeito da sociedade.

Conclui-se, portanto, que é necessária uma atuação mais consistente e repressiva para as ações de instituições estatais e particulares de combate ao crack e/ou tratamento de dependentes químicos do crack tronem-se mais eficazes. Para tanto, alternativas políticas, sociais e militares devem ascender, em detrimento da possibilidade de descriminalização do crack. E quão mais rápido for esse processo, menos vítimas do crack o Brasil terá.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Violência Transgênica

As relações sociais parecem evoluir à medida que são cercadas por novas tecnologias. No século XIX, quando do estágio primitivo do equipário possibilitado pelas Primeira e Segunda Revoluções Industriais, as relações sociais eram rigidamente pautadas pelo autoritarismo patriarcal e a submissão feminina – situação que fomentava a persistência da violência contra a mulher. Já no século XX, quando da ascensão de um logiciário progressivamente melhor desenvolvido, as relações sociais passaram a ser baseadas na meritocracia trazida por avanços nos conhecimentos humano e científico. E agora, no século XXI, quando da popularização das mídias sociais em meios virtuais, as relações sociais passaram a se fundamentar em caracteres que vão desde a exposição excessiva em busca de mais e mais amigos de rede – sem que estes representem, necessariamente, uma amizade real – à criatividade para captação de atenção, cenário esse que possibilitou o surgimento da mais recente categoria de via contra o pudor: a violência cibernética, comumente designada cyber-bullying.


A primazia dos meios comunicativos, possibilitada pela liberdade cedida a quaisquer tipos de imprensa e mídia – entre eles, a internet e suas mídias sociais –, requer um perfil comportamental por parte de seus usuários, que devem reconhecer os benefícios e malefícios possíveis através da utilização. Entretanto, é exatamente esse perfil comportamental que parece ser ignorado pela maioria dos usuários de internet, que, deliberadamente, expõem-se à grandeza dessa mídia e, pois, à vastidão de pessoas interessadas em um possível mau-uso de tais informações – o que engloba a ridicularização, deboche, montagem fotográfica indevida etc. Consequentemente, o vitimado vê-se encurralado e ameaçado psicologicamente e, pois, suscetível a enfermidades afins, como a depressão e transtorno bipolar – fato por si só agravante, pela natureza da situação –, caracterizando a violência cibernética como tão grave, senão a mais grave.

Conclui-se, portanto, que a evolução das tecnologias é acompanhada da evolução das relações sociais e também das formas de violência, que, no atual cenário, refere-se majoritariamente à violência cibernética. A forma de fixação da violência cibernética, no entanto, parece ter tido poucos similares na Humanidade, haja vista que seu foco agravante são aspectos psicológicos, o que exige, para sua erradicação, a existência de um perfil comportamental de usuário, baseado na maior privacidade e no menor envolvimento em mídias sociais. Para tanto, faz-se necessário o bom-senso, outrora em outras esferas, mas agora em internet.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O Mito do Anonimato na Internet


A ascensão das mídias digitais permitiu o surgimento de inúmeras redes sociais, blogues e plataformas de mensagens instantâneas que permitem a veiculação de enormes quantidades de informações a partir de requerimentos superficiais de identificação do usuário e de capacidade de processamento do microcomputador. É esse o caso do Orkut, Facebook, Twitter, Blogger e Windows Live Messenger, que ao exigirem apenas o correio eletrônico e nome e sobrenome do usuário dão margem a pensamentos acerca do anonimato possível na internet. Entretanto, a análise da situação comprova que o anonimato na internet é mais um mito urbano, haja vista o atual patamar das tecnologias cibernéticas, que permitem a identificação do usuário pelo IP e pelo rastreamento de seus cookies, históricos e redes wi-fi.


Como condição de existência e manutenção, todos os sítios possuem servidores de funcionamento integral que administram os acessos pelos usuários e a publicação de conteúdo pelos seus administradores. Quanto à administração dos acessos pelos usuários, os servidores memorizam o seu IP – Internet Protocol –, número fixo e único por computador, que permite a identificação rápida do usuário; e ainda o rastreamento, com a ação conjunta dos responsáveis pelos servidores, sistemas de emissão de nota fiscal eletrônica e polícias. Ademais, quando do rastreamento, é possível a obtenção e análise do histórico de acesso à internet, cookies – palavras ou expressões digitadas e registradas no navegador de internet – e ainda as redes wi-fi – redes sem-fio de acesso à internet que também possuem códigos únicos. A concreta inexistência do anonimato na internet pode ser contemplada frequentemente, através dos roubos de contas bancárias e usuárias, sustentados por habilidades de crackers no manejo informático; ou quando das implacáveis perseguições estatais que somam o conhecimento de hackers à eficiência de suas polícias investigativas no combate aos supercrackers, como visto no livro O Último Samurai.

Dessa forma, se outrora os cartões de admiradores secretos eram o suficiente para garantia de anonimato integral, atualmente quaisquer veiculadores de informação na internet têm perfis traçados a partir de seus registros em servidores ao longo de todo o mundo. A impossibilidade ou dificuldade de safar-se do IP, cookies, registros em redes wi-fi e aos crackers confirma a essência inanonimata da internet, embora seja comum a vinculação da internet como veículo informativo absolutamente livre e anonimato. E diante dessa impossibilidade de desmentira, faz-se necessário que o usuário apresente comportamento constante no que tange a sua subordinação às leis de seu país, o respeito às propriedades intelectual e física e, ainda, aos tratados internacionais vigentes ao sítio em questão.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sonata Eufórica

Todos os Santos, ouçam-me!

Os príncipes de Guadalajara,
As condessas de Tegucigalpa,
Os caçadores de Manila,
Os cossacos de Kamchatski,
Os kaisers de Hanôver,
Os combatentes da Calábria,
As valquírias de Reiquejavique,
As flecheiras de Luanda,
Os faraós de El-Aziz,
Imperadores de Xangai,
Os mestres de Nagoya,
Os cavaleiros de Durban,
Os excelsos de Copenhague,
Os prudentes de Adelaide,
Os vistosos de Zagreb,
Os justos de Québec,
Os celestiais da Galácia,
Os reis de Tessalônica,
Os fortes de Cafarnaum,
Os sábios de Betsaida,
Os sacerdotes de Laodiceia.

Ouço a voz do amanhã, chamando os convocados!
A hora é de lutar contra a ganância de Jerusalém!
Objetos de ouro serão erguidos, os astecas já se prepararam!
Nosso inimigo já vem, corram e vejam: aqui está ele.

Tendo todos visado o além, um campo se mostrou a eles.
O local de calmaria, recheado de vida, pai dos elísios.
Pássaros cantam livres, sem entender seu voar.
Cenário de pura tranquilidade.

Os príncipes e kaisers se impressionaram. Os faraós estão como os montes de Sião.
Nada se via com olhos melancólicos.
A verdadeira euforia tomou-lhes os corações,
Ao encontrar o lugar de seus mais inimagináveis sonhos de grandeza.

Finalmente era encontrada a bela sonata do infinito.
As paixões e vaidades eram nulas, o interesse maior
Consumia-lhes os corpos como a noite infindável de orgasmos num êxtase insaciável de prazer.
Lágrimas compunham a sinfonia de alegria.
Um não houve sem a impressão de cavalgar o Éden
Acompanhado de Serafins e cantores de vozes no apogeu da diferença entre o real e o transcendental.

Em meio há seus sonhos de Valíala, os escolhidos percebem seu colosso desabar.
A paz e a tranquilidade tornam-se a escuridão
Dos mais maléficos e negros sentimentos de um
Ser humano, esta capaz de fazer Hades tremer.

Todos entram em pane, num estado de choque.
Não compreendiam a razão de sua torpe existência.
Mal podiam crer em sua percepção sinestésica,
Calcadas num palácio de cristal, vindo a ruir com as
Densas trevas, pesadelos de crianças.

Entre prantos e crises emocionais, a voz ecoou:
– Por que chorais, nobres creadores?
Apenas colheis o que plantastes.
Esta treva que lhes propõe a impotência, apenas e resultado de vossos atos sem medida.

Olhastes o que lhes agradava. Os portões celestiais
Retratavam a gloria sacrossanta.
Teus olhos se encheram, contudo não fizestes nada.
Tinham poderes para, com a devida decisão, manter a angelical coroa em suas cabeças.
Como podem ser tão ingênuos: Oh escolhidos guerreiros!
Tua limitada visão e o que lhes abdica a posição de reis
Levantem-se! Honrem teus súditos, reinos, virgens, crianças, damas.
Mostrem tua força, sejam os verdadeiros governadores desta terra livre!
Por Alexander Amaya Castillo Caldas Motta.

Palmada Nunca Mais?

A educação está de forma inerente ao meio familiar sendo o homem fruto de seu próprio meio, mas até onde estamos aptos a educar nossos filhos? Até onde podemos interferir na liberdade de cada um deles?

São várias as controvérsias a respeito do assunto decorrente da nova lei proposta pelo Congresso Nacional, de um lado pais aprovam a diplomacia pacífica com as crianças afirmando que a violência não é o caminho. De certo, “violência gera violência”, sendo um meio inapropriado quando esta causa algum dano físico ou moral permanente. Não raros são os casos de crianças maltratadas em domicílio, sofrendo todo tipo de atrocidade que tornam as ações do poder público justificáveis, além dos futuros jovens que se tornam reflexo de uma infância marcada pela violência.

Por outro lado, outros dizem que algumas “palmadinhas” fazem parte do processo pedagógico de todo jovem sendo apenas uma forma de reafirmar a autoridade de decisão dos pais. A educação é o histórico de cada lar, é a identidade de cada um, sendo controverso o órgão público intervir de tal maneira no processo de formação do cidadão, ainda há a questão de não aprovação da maioria populacional – 54% dos pais dizem não concordar – tornando uma barreira para que a lei entre em vigor, além da dificuldade no processo de fiscalização da lei.

Não intervindo nos direitos de cidadania de sua prole, sendo rígida ou de maneira liberal, cada pai está apto em participar na construção da educação de seu filho, afinal, incontestavelmente, a educação começa dentro de cada lar.
Por Thaisa C. M. Martins.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Metamorfoses do Ser e Ter

Diante da sociedade multifacetária que na qual se constitui atualmente a brasileira, há enésimas formas de ser e ter - pode-se portar-se à qualquer maneira, pode-se vestir-se com o que quer que seja pretendido e, ainda, pode-se comprar o quanto possível que esteja sob vendagem. São essas escolhas que delineiam a personalidade do indivíduo e, como tal, uma série de caracterizações a serem atribuídas ao mesmo indivíduo como sua marca inerente. Entretanto, no imenso espaço amostral citado também há a possibilidade de somente parecer, isto é, ser e ter como marcas inerentes constantemente mutáveis, haja vista a sua suscetibilidade aos anseios externos quanto às suas personalidades - são estes os alienados, imensamente constituídos por jovens, exatemente por sua condição de jovens.

A juventude - fase intercalada por duas outras essencialmente opostas, que são a infância e a fase adulta - compreende uma fase transitóriana qual é recorrente o apelo a diversos meios como forma de obtenção da tão almejada marca inerente, sendo necessária, para tanto, a inconstância da adoção das intermináveis possibilidades de ser e ter. Dessa forma, o jovem busca e almeja várias possiblidades, mas acaba por expor-se aos anseios essencialmente alheios, que ou põe em xeque seus conceitos imaturos ou lhe imprimem a necessidade pela busca de algo que o faça mais notável que outros sob mesma possiblidade de ser e ter, relegando à segunda página a satisfação do seu ego - em verdade, um conselho familiar, uma propaganda ou mesmo uma imatura análise do panorama ao seu redor podem desencadear o processo no jovem. Como jovem e, pois, geralmente vulnerável, mas em busca de sua marca inerente, há uma aquisição de ser e ter alheio, que o faz parecer - a partir daí, está sob a condição de alienado.

Em síntese, em obediência à Lei do Caos, é comum a muitos jovens a constante busca do ser e ter, acarretando-os inconstância em sua marca inerente. Entretanto, quando da aquisição de caracteres alheios aos seus, o jovem passa a perecer, relegando-se à categoria dos alienados. Com o propósito de evitar tal situação, faz-se necessária a agudez do senso crítico, medida aparentemente simples mas muitas vezes ausente nos jovens.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

Sobre Flores e Pragas

Diante do recente cenário econômico recheado de pressões políticas para com os rumos da floresta amazônica, o governo federal acabou por agilizar o processo de aprovação de muitas medidas contra o desflorestamento, entre elas a de premiar moral e economicamente aqueles que para isso cooperem, através de empréstimos internacionais. Superficialmente analisada, tal medida denuncia apenas consequências positivas - realmente este parece ser o melhor caminho: confiar e, pois, entrelaçar os fazendeiros da região amazônica à sua conservação. Entretanto, uma análise mais profunda traz à tona, além daqueles positivos, uma série de consequência negativas - entre elas, o endividamento.

Os aspectos positivos decorrentes evidenciam a validade da medida, haja visto o fato de que as premiações moral e econômica do fazendeiro amazônico que coopere com a preservação daquele bioma o envolvem numa esfera de confiança mútua da qual não é tão simples safar-se; estimula, também, possíveis denúncias sobre desflorestamento na região - enfim, tranforma o fazendeiro amazônico num cidadão engajado, situação que passa a ser almejada como status.

Entretanto, à medida que os beneficiados veem suas cifras aumentar, há o arrombo dos cofres públicos, endossamento dos já citados créditos internacionais e, por fim, o endividamento do País; como se não bastasse tamanho prejudício, há mais outros decorrentes a longo prazo, como o aumento da carga tributária e da taxa de juros como forma de sanar tais empréstimos e, ainda, aumento em níveis inflacionários. Logo, consolida-se a dubiedade trazida pela medida, que trará mais resultados positivos que negativos somente se exercida com parcimônia.

Portanto, o apetite voraz do Poder Legislativo brasileiro para corresponder às pressões várias para com a floresta amazônica acabou por levá-lo à aprovação de uma série de medidas dúbias - entre elas, a premiação por combate ao desflorestamento. Ao passo que promovem uma série de bons resultados, também permitem a ascendência de uma série de negativos, que neutralizam aqueles. A solução - uma vez já aprovada - é a parcimônia.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Do Cosmo ao Caos

A corrupção dos valores morais na Idade Contemporânea parece conduzir a Humanidade a níveis de relação social tão primitivos quanto aqueles vinculados à Pré-História, haja vista a desconsideração dos princípios que regulamentam a ordem estabelecida nos princípios éticos e na boa educação. Essa nova situação moral, tão bem retratada na literatura mundial – como em Capitães da Areia, onde uma corja jovial de nome homônimo desconsidera quaisquer valores, embora como conseqüência daquela realidade desgastante – só o é por ser uma realidade progressivamente mais presente: filhos matando os pais por motivos banais – como o caso Suzane von Richthofen –, autoridades apoderando-se do erário em benefício próprio, assassinos mais e mais cruéis. Diante desse quadro, faz-se necessário, pois, a revisão da estruturação de nossos valores morais no intuito de desvendar os motivos de tanta desmoralização.

Conforme afirma o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau, o homem parece nascer puro e sua corrupção dá-se apenas na sociedade; a partir desse prisma, podemos compreender que a sociedade da Idade Contemporânea está seguindo seu curso natural, haja vista sempre haver os moralmente aceitáveis e inaceitáveis, mas cabendo àqueles uma maior parcela na população, o que neutralizaria as corrupções destes. Entretanto, nessa nova situação moral, os corruptos não somente estão mais presentes, como também mais corruptos, haja vista as crueldades tão vistas na imprensa livre – isso em decorrência das até agora deficitárias ações do Estado e da iniciativa privada, além do próprio famigerado seio familiar. Dessa forma, o equilíbrio social já estaria na iminência de desestabilização, sendo necessária determinada intervenção exatamente nos setores responsáveis, tanto em nível estatal – como o fornecimento de condições mínimas ao bem-estar de seus habitantes, além do cumprimento de seu código penal e sistema judiciário –, como em nível de livre iniciativa – como empresas empregadoras de mão-de-obra e organizações não-governamentais.

Em suma, a sociedade contemporânea, ao passo que se vê diante de tantos avanços nas mais importantes áreas, vê-se também desolada moralmente, haja vista a maior presença dos corruptos em sua composição. Os casos de manifestação dessa corrupção colocam a sociedade diante do temor – algo compreensível quando se nota a veiculação na imprensa de casos tão cruéis e desmoralizantes, além de banais. Entretanto, medidas simples são capazes de dissolver a desmoralização do sociedade contemporânea, como os devidos investimentos estatais em setores estratégicos – como educação e saúde – agregados à livre iniciativa – fornecedora de empregos e, pois, da possibilidade de ascensão socioeconômica tão pretendida.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

sábado, 10 de julho de 2010

Nossos Objetivos

Pela EDUCAÇÃO trabalhamos arduamente. Para proporcionarmos a APRENDIZAGEM, nos entregamos a horas de planejamentos em busca de ENSINAR com QUALIDADE.
Sempre corremos atrás de recursos e metodologias que quebrem com a monotonia das aulas da semana.Vivemos na função de estarmos informados, bem informados para "sacudir" a turma naqueles momentos de dispersão. Somos EDUCADORES!Somos apaixonados pelo que fazemos e, se não há PAIXÃO na alma, nas veias, no fôlego e na razão, não vale de nada carregarmos uma licenciatura.
Uma EDUCAÇÃO de verdade começa a partir de simples exemplos do cotidiano, de um bom livro lido, de um filme assistido, do modo como o outro trata o seu semelhante, de como um professor entra na sala de aula e como é recebido por seus alunos. EDUCAÇÃO é atitude! É aprender que temos direitos e deveres. É juntar vivências e ciências, números e letras.
Muitos utilizam o problema chamado EDUCAÇÃO para ser promover. Tolos!Somos todos tolos!Não há problema... EDUCAÇÃO é solução! E ela está aí, aqui e ali. Basta tratá-la com respeito e com o devido valor de quem busca nos estudos uma mudança de vida, uma melhoria para povos, para o planeta. Na EDUCAÇÃO não há entraves , mas sim SAÍDAS.
Queremos ESTUDAR? Então, busquemos recursos para tal. Queremos EMPREGO? Então, exijamos de nós mesmos mais aproximação com os livros, com as leituras, com as formações continuadas e com um nível de conhecimento cada vez mais apurado.
Seria um diferencial incrível, se todos vissem que a EDUCAÇÃO não depende somente do olhar atento de um governo que entra ou de um grupo de interessados que alega haver um jeito. Uma EDUCAÇÃO significativa e real depende da nossa vontade de reivindicar, de zelar por aquilo que as nossas escolas nos proporcionam, respeitar a imagem do professor e do aluno, de valorizar o empenho dos coordenadores, funcionários e dos diretores por estarem juntos na missão de elevar o ENSINO, o ESTUDO, a APRENDIZAGEM em nosso país.
Eu sou EDUCADORA, porque sei e sinto que pisar na sala de aula me RENOVA a cada dia!
Sou EDUCADORA, porque percebo que sirvo de EXEMPLO para muitos que convivem comigo!
Sou EDUCADORA, porque noto na RECEPTIVIDADE dos meus alunos que faço a coisa certa!
SOU EDUCADORA, PORQUE EU AMO ESTAR COM PESSOAS EM PURO CRESCIMENTO!
SOU EDUCADORA, porque assim APRENDO a me respeitar e a respeitar a todos!
Sou, por DOM e PAIXÃO, UMA SIMPLES EDUCADORA!
E para você, o que ser ALUNO(A); o que é o ESTUDO e a busca pelo CONHECIMENTO?
Por Professora Ana Virgínia Napoleão Calvet.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Nossa Educação

A Educação brasileira parece ter sido por muito tempo relegada à segunda página: há cinco séculos, quando do Brasil Colônia, a única via de acesso à educação eram os internatos jesuítas, que precariamente mesclavam as ciências à religião; há duzentos anos, a via mais preferível eram os mestres-de-reza, geralmente idosos que adicionavam ao aprendizado o temor da palmatória. Apenas na consolidação da Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas à Presidância da República, viu-se a criação do Ministério da Educação e Saúde; e somente em 2009, o Brasil passou pela universalização dos esnios fundametal e médio. Nota-se, pois, que nem sempre a Educação foi um direito a todos os brasileiros - e isso acaba por constituir a força motriz da busca por uma Educação que primeiro passe a se tornar direito de fato, pois já é legal, e, então, muito bem atenda aos anseios qualitativos e quantitativos.

A trajetória da Educação brasileira realmente confirma o seu relativo abandono, mas, melhor tarde do que nunca, o Brasil suscitou a sua importância, aliando a ela um consitente desenvolvimento econômico - como há já um século os EUA passava. Na verdade, somente agora o Brasil faz do direito à Educação - já previsto em sua Constituição de 1988 e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, esta de 1945 - um Objetivo do Milênio. Exatamente por isso, vê-se os nossos tropeços e avanços concomitantes: o Bolsa Escola estimula a escolaridade quantitativa, mas não qualitativa; há investimentos maciços na Educação, mas a massiva corrupção os limitam ao máximo de irredutibilidade; apesar de diversas conquistas em simpósios científicos internacionais, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica denuncia que somente em 2021 o Brasil alcançaram proficiência em sua Educação.

Enfim, como se vê somente há pouco o direito à Educação tornou-se um objetivo e, pois, obrigação do Estado em universalizá-la. Apesar dos tropeços, o Brasil vem progressivamente consolidando sua Educação, e em breve a tornará proficiente - com isso, todos os brasileiros serão, como já começam a ser, enormemente beneficiados -, embora esse processo possa ser mais ágil a partir da adoção de medidas promotoras de sua reestruturação administrativa, além de continuamente melhorado. James Russel Lowell já afirmava, enfim, que "educar a inteligência é dilatar os horizontes dos seus desejos e das suas necessidades".

Direito Essencial

Educar é transformar. É transformar qualquer pessoa em cidadã consciente de seus direitos e deveres. Seja pela cultura, seja pelas ciências, deter o conhecimento já se tornou imprescindível à vida em sociedade, já que nos torna aptos a compreeder e explicar o mundo em que vivemos. É a porta de entrada para este mundo.

Devido à sua imensa importância, a Educação já é direito assegurado por Lei ao cidadão nos quatros cantos do mundo. Como isso, vemos anualmente a divulgação de diversos índices sobre o desenvolvimento humano e qualidade de vida, sempre atrelados ao fator Educação. Percebe-se em muitos casos onde o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) se destaca que boa parte da população local tem, além de ensinos fundamental e médio completos, bons números de graduados em cursos superiores.

Já com relação ao nosso País, a realidade do bom ensino é bem diferente, ou seja, o direito a ele nem sempre vem sendo plenamente atendido.Pois, temos um sistema educacional público ainda deficiente com grande percentual de analfabetismo, com muitas crianças e adolescentes afastados da escola por conta da miséria e da necessidade de trabalho remunerado. É certo que o número de matriculados nas escolas da rede pública tem aumentado significativamente na última década, além dos incentivos a estudantes de baixa renda para frequentarem universidades, como o ProUni, mas isso não chega a cancelar os diversos obstáculos a serem derrubados para que a educação seja vista como prioridade.

É bom salientarmos que não só de educação contundista se faz uma cidadão consciente. Museus, teatros, cinemas e música são a educação do dia-a-dia. Um banho de cultura é um banho de aprendizado social, que aliado ao aprendizado científico, resulta no aprendizado para a vida, nosso maior objetivo.
Por Ana Carolina Sá Mascarenhas.

Dividir para Somar

Há setenta anos, os Estados centrais no cenário internacional mobilizavam-se na Segunda Guerra Mundial, após saber que as ambições socioeconômicas da recém-unificada Alemanha se transformaram em expansionismo retalialista e massacre de grupos minoritários - entre eles, seis milhões de judeus. Durante o Brasil Colônia, milhares de negros foram trazidos para cá sob a condição de trabalhadores escravizados, e além das mazelas dessa condição, tinham de conviver com o racismo. Como esses exemplos, infelizmente há muito mais, que elucidam a injustificável incovivência com a diversidade cultural. E isso acaba por contituir a força motriz da busca por uma sociedade que melhor conviva com essas diferenças.

O direito à vida, à educação, à saúde e a todos aqueles ratificados em 1945 na Declaração Universal dos Direitos Humanos, no ainda conturbado cenário pós-Segunda Grande Guerra, independe da religião, do modo de vestir-se, da afinidade social ou quaisquer outros aspectos culturais que não infrijam o direito de outrem - afinal, a semelhança primordial entre todos nós é a condição de sermos humanos. Para tanto, faz-se necessário a validação dos princípios sociológicos do Biestado, de Michel Foucout, que afirma ser necessária a atuação do Estado para que a sociedade saia desse caos da inconvivência cultural para, então, chegar ao estado de convivência de cultural mantê-lo - isso através de medidas conscientizadoras, criminalização das condutas que abalem esse estado, entre outros.

Em suma, saber conviver com as diferenças culturais é mais um objetivo almejado, e se torna imprescindível quando vemos que a sua realização promove o bem-estar social - como em Portugal, às Grandes Navegações - e sua inexistência, o ceifamento de muitas vidas inocentes - como os milhares de hutus e tutsis mortos em Ruanda no fim do século XXI.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.