sexta-feira, 9 de julho de 2010

Dividir para Somar

Há setenta anos, os Estados centrais no cenário internacional mobilizavam-se na Segunda Guerra Mundial, após saber que as ambições socioeconômicas da recém-unificada Alemanha se transformaram em expansionismo retalialista e massacre de grupos minoritários - entre eles, seis milhões de judeus. Durante o Brasil Colônia, milhares de negros foram trazidos para cá sob a condição de trabalhadores escravizados, e além das mazelas dessa condição, tinham de conviver com o racismo. Como esses exemplos, infelizmente há muito mais, que elucidam a injustificável incovivência com a diversidade cultural. E isso acaba por contituir a força motriz da busca por uma sociedade que melhor conviva com essas diferenças.

O direito à vida, à educação, à saúde e a todos aqueles ratificados em 1945 na Declaração Universal dos Direitos Humanos, no ainda conturbado cenário pós-Segunda Grande Guerra, independe da religião, do modo de vestir-se, da afinidade social ou quaisquer outros aspectos culturais que não infrijam o direito de outrem - afinal, a semelhança primordial entre todos nós é a condição de sermos humanos. Para tanto, faz-se necessário a validação dos princípios sociológicos do Biestado, de Michel Foucout, que afirma ser necessária a atuação do Estado para que a sociedade saia desse caos da inconvivência cultural para, então, chegar ao estado de convivência de cultural mantê-lo - isso através de medidas conscientizadoras, criminalização das condutas que abalem esse estado, entre outros.

Em suma, saber conviver com as diferenças culturais é mais um objetivo almejado, e se torna imprescindível quando vemos que a sua realização promove o bem-estar social - como em Portugal, às Grandes Navegações - e sua inexistência, o ceifamento de muitas vidas inocentes - como os milhares de hutus e tutsis mortos em Ruanda no fim do século XXI.
Por Hugo Eduardo Azevedo Fialho.

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